Três adolescentes, dois de 16 e um de 17 anos, foram apreendidos pela Brigada Militar na madrugada de sexta-feira por suspeita de dois assaltos e uma tentativa de assalto, no centro e na região nordeste de Santa Maria. A Polícia Civil investiga agora se eles fazem parte dos chamados bondes.
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Em dois dos bairros em que aconteceram os crimes, João Goulart e Menino Jesus, conforme o integrante de um bonde (veja entrevista abaixo), que não estava envolvido no crime, há pelo menos dois grupos que se intitulam assim naquela região. Além do roubo, eles agrediram as vítimas com facadas.
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A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e o Ministério Público pediram a internação do trio. Eles seriam encaminhados ainda na sexta-feira ao Centro de Atendimento Sócio-Educativo (Case). De acordo com o titular da DPCA, delegado Gabriel Zanella, será feito um cruzamento de dados para tentar identificar se os adolescentes fazem parte de algum bonde.
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Conforme o delegado regional da Polícia Civil, Sandro Meinerz, há 29 grupos de jovens, com mais de cem integrantes identificados. Os dados foram juntados desde 2014 e são resultados, principalmente, de investigações da própria DPCA e da 3ª DP, em casos envolvendo pichação. Conforme Meinerz, nem todos os grupos podem ser considerados bondes, já que metade deles não tem envolvimento em práticas violentas.
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Identificamos membros e delitos dos quais eles participavam. O nosso objetivo, com esse mapeamento, é facilitar a identificação e saber que determinado delito foi praticado por um grupo específico. Tendo esses dados, podemos agir e tomar providências. Depois da morte daquele menino, em abril, acalmou bastante (o movimento dos bondes), mas os grupos continuam agindo ressalta o delegado.
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O Centro Regional de Operações e Inteligência Policial da Brigada Militar também faz um trabalho semelhante há algum tempo. A BM também intensificou o trabalho de abordagens a adolescentes no centro da cidade, como o Calçadão, as praças Saldanha Marinho, Saturnino de Brito e dos Bombeiros e também no Parque Itaimbé, principais pontos de encontros desses grupos. As apreensões de armas, principalmente em esconderijos no Centro, é outro fator atacad"